terça-feira, 17 de junho de 2008

Romantismo (Poesia)

Romantismo (Poesia)


Momento Histórico

O Romantismo surgiu com a revolução francesa, que surgiu para erguer uma nova classe: a burguesia. Com essa ascensão, vieram idéias que valorizavam muito o social, e principalmente o nacional, o sentimento de unidade.
Com a vinda da família real para o Brasil, as idéias de revolução francesa se dissiminaram nos autores nacionais, o que influenciou o movimento romancista brasileiro. Além da influência na literatura, veio modificar o sentimento social que mobilizou o nacionalismo que desencadeou no processo de independência do Brasil.


Características da linguagem romântica

Subjetivismo: O romancista trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo. O subjetivismo pode ser notado através do uso de verbos na primeira pessoa.


Idealização:
Empolgado pela imaginação, o autor idealiza temas, exagerando em algumas de suas características. Dessa forma, a mulher é uma virgem frágil, o índio é um herói nacional, e a pátria sempre perfeita. Essa característica é marcada por descrições minuciosas e muitos adjetivos.


Sentimentalismo:
Praticamente todos os poemas românticos apresentam sentimentalismo já que essa escola literária é movida através da emoção, sendo as mais comuns a saudade, a tristeza e a desilusão.


Egocentrismo: Como o nome já diz, é a colocação do seu ego no centro de tudo. Vários artistas românticos colocam, em seus poemas, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os no texto. Pode-se dizer, talvez, que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado.


Natureza interagindo com o eu lírico: A natureza, no Romantismo, expressa aquilo que o eu - lírico está sentindo no momento narrado. A natureza pode estar presente desde as estações do ano, como formas de passagens, à tempestades, ou dias de muito sol.


Grotesco e Sublime: Há a fusão do belo e do feio, diferentemente do arcadismo que visa a idealização do personagem principal, tornando-o a imagem da perfeição. Como exemplo, temos o conto de A Bela e a Fera, no qual uma jovem idealizada se apaixona por uma criatura horrenda.


Medievalismo:
Alguns românticos se interessavam pela origem de seu povo, de sua língua e de seu próprio país. Na Europa, eles acharam no cavaleiro fiel à pátria um ótimo modo de retratar as culturas de seu país. Esses poemas se passam em eras medievais e retratavam grandes guerras e batalhas.


Indianismo: É o medievalismo "adaptado" ao Brasil. Como os brasileiros não tinham um cavaleiro para idealizar, os escritores adotaram o índio como o ícone que retrata a origem nacional e o colocam como um herói. O indianismo resgatava o ideal do "bom selvagem" (Jean-Jacques Rousseau), no qual retrata que a sociedade que corrompe o homem e o homem perfeito seria o índio, que não tinha nenhum contato com a sociedade européia.


Byronismo: Estilo de vida boêmio, voltado para vícios, bebida, fumo e sexo, podendo estar representado no personagem, ou na própria vida do autor romântico. O byronismo é caracterizado pelo narcisismo, pelo egocentrismo, pelo pessimismo, pela angustia e pelo satanismo, este último visto em Bernardo Guimarães, por exemplo.


Principais Autores e suas obras


Gonçalves Dias

É o representante maior da poesia indianista brasileira.
O poeta cultivou também a poesia lírica amorosa.
Obras: Poesia
(Primeiros cantos-1846); Segundos Cantos (1848); Sextilhas de Frei Antão (1848); Últimos Cantos (1851); Os Tímbiras (1857).

Casimiro de Abreu

Sua poesia caracterizava-se, predominantemente, pela temática da saudade (da pátria, da família do lar,da infância).Marca-se, portanto, pela evasão no tempo e no espaço.Além disso, o amor e a mulher são quase sempre idealizados.
Poesia: As Primaveras
(1859).

Álvares de Azevedo

É o mais importante poeta no Ultra-Romantismo brasileiro.
Características importantes de sua obra: evasão na fantasia e no sonho; evasão na morte; sentimento de auto-detruição, conceito de amor que oscila entre a idealização e a sensualidade. Escreveu poemas irônicos e com toque de humos.
Poesia: Lira dos Vinte Anos
(1853); Conde Lopo (1866).

Fagundes Varela

Destacou-se por suas poesias líricas, porém, o mais importante era a maneira como ele falava da morte.
Poesia: Noturnos (
1861); O estandarte Auriverde (1863); Vozes da América (1854).


Poema

“(...) Oh que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não trazem mais (...)“


Análise

O poema retrata as lembranças ainda presentes na vida do autor, assim transmitindo sensações de nostalgia e expondo uma saudade eterna de sua infância.
Há comparações entre seu passado querido e seus dias atuais, sempre relembrando de situações e das coisas as quais observava (mar, estrelas, ondas, luas...). A família também é citada, como a mãe e sua irmã.


Pesquisa realizada por:

Isabella Almeida, Taís Filgueiras, Thabata Rosales, Thayara Cunha

3 comentários:

Liziane de Araújo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Liziane de Araújo disse...

Parabéns pelo seu blog!

Nós somos da turma 232E, grupo que ficou encarregado de falar sobre o Romantismo e gostamos bastante do modo em que foram abordadas as suas características e o contexto histórico sem tornar o texto massante, pelo contrário, quando foi mencionado a história de "A Bela e a Fera", foi excelente para explicar a característica do grotesco e o sublime, visto que praticamente todos conhecem a história.

Ficamos tristes de não encontrarmos as três fases da poesia romântica e a prosa romântica, nós aguardamos ansiosos por novas postagens!!!

Abraços!!!

Alexandre Custódio Rodrigues
Gustavo da Silva Afonso
João Victor Paiva
Liziane de Araújo Lima
Renan Faria do Nascimento

Unknown disse...

Muito Bommmm

Me ajudou muitoo!!!!

Valew Galera!

Taiane Antunes Moreira Paiva (prima do João)