Manuel Bandeira (1886-1968) foi um poeta da primeira fase do Modernismo, movimento que revolucionou as formas de expressão cultural em diversos aspectos. Foi muito importante na implantação deste movimento no Brasil. Entre tantas contribuições se destacam:
a solidificação da poesia de orientação modernista e o alargamento da lírica nacional pela sua capacidade de extrair a poesia das coisas aparentemente banais do cotidiano.
Foi o mais lírico dos poetas; criava suas poesias com temáticas cotidianas e universais de forma irônica. Procurava estreitar os laços entre a poesia e a cultura popular escrevendo sobre sentimentos e fases da vida com a infância.
Aquele pequenino anel que tu me deste,
- Eterno! era bem pouco e cedo se acabou.
Frágil penhor que foi do amor que me tiveste,
Símbolo da afeição que o tempo aniquilou, –
Aquele pequenino anel que tu me deste,
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou…
Não me turbou, porém, o despeito que investe
Gritando maldições contra aquilo que amou.
De ti conservo no peito a saudade celeste…
Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste…
Fonte: http://www.revista.agulha.nom.br/manuelbandeira.html
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